Abstract
Processos de modernização urbana, amiúde, caminham lado a lado a eventos de destruição. Seja como uma tabula rasa ou com ações pontuais, estes processos colocam em xeque parte da memória urbana, ao eliminar componentes da narrativa urbana. Intenta-se, ao revisitar processos de modernização urbana, apresentar uma nova leitura para os eventos de destruição ocorridos nas cidades. Ao identificar nestes episódios as representações sobre as demolições empreendidas no tecido urbano e fazer delas o substrato para reconhecer as sensibilidades que afloram nestes eventos, colabora-se para a História Cultural Urbana das cidades brasileiras, bem como apreende-se um dos processos de formação de sensibilidades hoje consolidadas (ou em processo de consolidação) como o de preservação do acervo construído.