Administrando o imensurável: uma crítica às organizações acadêmicas

Abstract
Este ensaio teórico focaliza temas concernentes à administração das universidades. Os ensaístas refletem sobre o papel do administrador universitário, oferecendo críticas à utilização de modelos empresariais que não observam as características e complexidade das organizações acadêmicas. De um lado, os autores criticam a utilização de abordagens gerenciais racionais com excessivo foco na eficiência e em elementos mensuráveis, desconsiderando princípios e valores essenciais à natureza das organizações acadêmicas. Por outro lado, destaca-se a inexistência de modelos e teorias administrativas prontas, que atendam às especificidades dessas organizações. Os ensaístas lembram que a teoria da administração universitária ainda está em formação, com base em estudos científicos e na análise de boas práticas observadas em instituições de Ensino Superior. Conclui-se que há necessidade de adoção de uma prática gerencial que privilegie diversas dimensões de caráter objetivo e, principalmente, de caráter subjetivo, notoriamente de difícil mensuração e que integram a essência do trabalho acadêmico. A adoção de tais práticas exige administradores capazes de integrar técnica e arte, racionalidade e intuição.

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