Opinião de estudantes universitários sobre a educação a distância (EaD), no contexto das ciências farmacêuticas

Abstract
Este artigo tem como objetivo discutir a inserção da Educação a Distância (EaD) na prática das Ciências Farmacêuticas. A população de estudo constou de 200 indivíduos (estudantes universitários), na cidade de Salvador/Bahia. Para análise dos dados, foram utilizadas as respostas a um questionário semiestruturado, no qual os estudantes entrevistados expressaram sua opinião a respeito da EaD no Curso de Farmácia. Os estudantes informaram o uso da Internet como ferramenta de auxílio nas pesquisas e nos trabalhos acadêmicos, além de outras finalidades alternativas, como a interação em tempo real, através de chats e comunidades virtuais. A maioria (n = 179) respondeu que acreditava ser passiva a interatividade entre o usuário e o ambiente EaD, sendo o Moodle o principal ambiente virtual de aprendizagem. Conveniências de horários, atenção individualizada, curso no prazo prometido e qualidade de materiais didáticos figuraram entre os principais atrativos para um curso a distância. Entre as principais desvantagens citadas pelos entrevistados, evidenciaram-se: a exclusão digital (relacionada à necessidade de computadores); o grande número de estudantes por tutor; o uso excessivo de questões de múltipla escolha; e o não cumprimento das atividades pelos estudantes (desistências). A maioria dos entrevistados julgou importantes as tecnologias da informação e comunicação (TIC) como apoio ao ensino presencial nos cursos de Ciências Farmacêuticas e, para a formação profissional, os níveis de capacitação: técnica, atualização e graduação. As disciplinas de maior abordagem teórica foram citadas como as que mais se enquadravam ao longo de um curso a distância, em Farmácia. Os entrevistados demonstraram-se conscientes da necessidade da Educação a Distância em sua formação, porém, preocupados com o nível de qualidade e complementaridade dos estudos, por conta da especificidade de cada atividade prática que envolve o profissional de farmácia e o paciente.