Abstract
O aumento da incidência da sífilis congênita no Município do Rio de Janeiro levou a Secretaria Municipal de Saúde a realizar as campanhas para a sua eliminação nos anos de 1999 e 2000, com o objetivo de dar visibilidade à doença e capacitar os profissionais de saúde no manejo do agravo. Neste estudo realizou-se uma avaliação da efetividade das campanhas, servindo-se do seguimento das mulheres grávidas identificadas com sífilis durante as campanhas, pelos sistemas de informação em saúde (SINASC, SIM e SINAN) utilizando-se da comparação deste grupo a um grupo controle de gestantes não envolvidas na campanha. Foi possível evidenciar uma redução significativa da morbidade e mortalidade perinatais nos filhos das mulheres atendidas pelas campanhas, demonstrando que as ações da rotina de pré-natal nas unidades municipais não estavam conseguindo resolver o problema. Foi baixo o número de casos de sífilis congênita encontrado no SINAN em relação aos casos reconhecidos por intermédio das campanhas, demonstrando uma subnotificação importante.