Abstract
O autor discute as dificuldades enfrentadas pelas classes populares com relação às reivindicações aos governos numa conjuntura de crise. Dentro da concepção clássica de participação popular, é possível que as práticas de educação popular e saúde comunitária se encontrem num impasse. A teoria do apoio social é proposta como forma de discutir a crise dos serviços, como também o modelo de saúde essencialmente curativo. Neste sentido, estão ressaltadas idéias tais como a relação corpo-mente no processo saúde doença, bem como a necessidade de questionar a hegemonia médica neste mesmo processo. Categorias como sentido da vida, controle sobre a vida e solidariedade são discutidos como fatores importantes para a prevenção e manutenção no campo de educação e saúde. Embora fosse um contexto de crise que suscitasse a discussão da teoria de apoio social, seu valor independe de uma conjuntura de crise.