Abstract
Motivado pelas recentes discussões legais em torno do trabalho doméstico no Brasil, este artigo propõe-se destacar o protagonismo das organizações políticas das trabalhadoras domésticas na conquista dos direitos da categoria profissional. Baseado em entrevistas realizadas com trabalhadoras domésticas sindicalizadas em diversas cidades brasileiras, o artigo estrutura seu argumento a partir do conceito de interseccionalidade, demonstrando como, ao longo dos últimos 80 anos, as organizações políticas dessas trabalhadoras têm se articulado com o movimento classista-sindical, negro e feminista, o que tem sido fundamental para desenvolver uma política de empoderamento e de autocontrole da vida.
Keywords