Abstract
Este trabalho aborda a questão da cidadania e da participação popular em Saúde, a partir da análise das concepções de um grupo específico: profissionais de Saúde que atuam nas Unidades de Cuidados Básicos da Área Programática 3.1 do Município do Rio de Janeiro (Brasil). Busca-se analisar suas representações referentes ao tema em estudo, confrontando-as com as que orientam o texto constitucional no capítulo referente à Saúde, ao mesmo tempo em que se discute o papel dos técnicos em sua relação com os usuários, no processo de construção de uma "Consciência Sanitária". As informações recolhidas através de trabalho de campo conduzido a partir de metodologia qualitativa de pesquisa social, indicam uma heterogeneidade marcante nas concepções dos profissionais, o que os dividem em dois segmentos: aqueles pertencentes às "Unidades-Ensino" e os que atuam nas "Unidades-Assistenciais". A análise aponta, ainda, para o papel estratégico desempenhado pelas relações cotidianas no processo de mudança social e construção dos direitos ao mesmo tempo em que discute a viabilidade deste processo frente ao desvendamento da subjetividade dos agentes que lhe dão vida.