Abstract
Este artigo pretende analisar os processos de Censura dos principais jornais desportivos portugueses, por parte do regime fascista, fazendo uma reflexão alargada sobre a relação entre política e desporto no contexto do fascismo português. O objetivo é compreender as dinâmicas do denominado “lápis azul” da Censura sobre este género de imprensa especializada e identificar as interferências do regime nas visões sobre desporto. Procedeu-se, para isso, à análise dos processos de Censura dos principais jornais desportivos portugueses, entre os anos 20 e 60 do século XX, envolvendo A Bola, Mundo Desportivo, O Norte Desportivo e Record. Procurou-se identificar as ocorrências mais relevantes, as tipologias de punições por parte dos serviços de Censura e as formas de controlo e coação da imprensa desportiva adotadas pelo regime.