Este artigo apresenta práticas de ensino em antropologia realizadas na Unilab do Campus dos Malês, no Recôncavo Baiano. Tomando como referência atividades realizadas em colaboração com/nas comunidades quilombolas da região, a intenção é propor modos de ensinar que levem em consideração as perspectivas, lugares e formas de conhecimento das pessoas que engajamos no fazer antropológico. Ao deslocar os processos de aprendizado para os territórios e lugares onde a vida das pessoas se realiza, pretende-se mostrar que o ensino de antropologia pode ser uma experiência imersa na vida. Ressalta-se que a inclusão de metodologias colaborativas comunitárias nos modos de ensinar antropologia é efeito da democratização do acesso à universidade pública no Brasil, e uma forma de sedimentar a virada pedagógica em benefício da representatividade epistêmica das pessoas e grupos sociais historicamente excluídos dos espaços universitários.