Duodenopancreatectomia: análise histopatológica de tumores periampulares

Abstract
Introdução: A Gastroduodenopancreatectomia Cefálica (GDPC) é a cirurgia de escolha para o tratamento de tumores periampulares. Os pacientes portadores dessa doença possuem sobrevida de 5 anos estimada em 20% a 50%, estando relacionado com o status de ressecção, estágio da doença e a localização do tumor. Conhecer o comportamento biológicos dos tumores periampulares possibilita um melhor planejamento no tratamento e no seguimento desses doentes. Método: O estudo analisou 105 pacientes através do resultado histopatológico oriundo de peças cirúrgicas de GDPC. Dados sobre sítio de origem, tamanho do tumor, status linfonodal, invasão perineural, invasão angiolinfática, margens de ressecção cirúrgicas e grau de diferenciação do tumor foram coletados e comparados com a literatura vigente. Resultados: Os pacientes portadores de neoplasia maligna totalizaram 94 (89,5%) das GDPCs. Desses, 40% (42) eram tumores pancreáticos, 37% (39) eram tumores de papila duodenal (papila de Vater), 4% (4) eram de origem duodenal e 2% (2) eram de colédoco distal. O tamanho médio dos tumores foi de 3,43cm (p = 0,049), com 85% dos tumores maiores de 2 cm e 46 (52,9%) dos adenocarcinomas eram estágio T3. Os linfonodos foram positivos em 27,6% dos adenocarcinomas e a margem foi R0 em 87% dos pacientes. Conclusão: O comportamento biológico dos tumores periampulares é de grande importância para pacientes que foram submetidos a cirurgia de GDPC. Um melhor planejamento no tratamento e no seguimento dos doentes pode ser oferecido quando se conhece o tipo histológico desses tumores. A experiência dos centros na realização dessa cirurgia tem importante relevância nos resultados obtidos.