Abstract
A obra de Arlindo Machado questiona de modo pioneiro o automatismo da sociedade do espetáculo e suas ideias abrem-se para o diálogo com as novas formas de produção e consumo da imagem, assim como para o modo de ser do olhar. Apesar de não figurar entre os autores mais citados no campo dos jogos eletrônicos ou game studies, a trajetória de Machado revela-se certeira e pioneira na identificação dos limites e potenciais dos automatismos audiovisuais. Assim como os casos do cinema, do documentário e do vídeo, o game é levado a sério nessa obra crítica propícia às reinvenções criativas que redefinem os horizontes do olhar para a sociedade do espetáculo audiovisual.