Abstract
Com este artigo, é nossa intenção revisitar o regime corporativo português através do seu corpo teórico e, especificamente, a sua conceção e entendimento da economia laboral durante o Estado Novo (1933-1974). As múltiplas formas sobre as quais intelectuais e políticos visualizavam a relação entre capital e trabalho foram baseadas numa postura antiliberal, sendo possível verificar a influência da doutrina social católica em muitos dos seus conceitos. O objetivo deste artigo é a discussão da relação entre a visão teórico-política e a realidade laboral, e modo a uma melhor compreensão do movimento operário no fascismo europeu.