Abstract
Resumo: Este ensaio propõe uma reflexão sobre a questão da memória e do esquecimento no Quixote com base nas observações levantadas por Harald Weinrich em Lete: arte e crítica do esquecimento. Analisa-se o esquecimento presente na estrutura da obra de Cervantes; as tentações do esquecimento; a relação do perdão e da anistia com o esquecimento público e a relação estabelecida por Weinrich entre esquecimento e engenho, cujo principal representante seria Don Quijote, em contraposição à memória e à incapacidade de invenção que caracterizariam Sancho Panza. Por último, observa-se como a presença da oralidade, à qual se relaciona Sancho, pode desfazer o esquema proposto pelo autor do Lete. Palavras-chave: Literatura espanhola; Miguel de Cervantes; Don Quixote; Harald Weinrich; memória; esquecimento. Resumen: Este ensayo propone una refexión sobre la cuestión de la memória y del olvido en el Quijote com base en las observaciones levantadadas por Harald Weirinch en Lete: arte e crítica do esquecimento. Se analiza el olvido presente en la estructura de la obra de Cervantes; las tentaciones del olvido; la relación del perdón y de la amnistía con el olvido público y la relación estabelecida por Weinrich entre olvido e ingenio que caracterizaría a Sancho Panza. Por último, se observa de qué modo la presencia de la oralidad, a la que se relaciona Sancho, puede deshacer el esquema propuesto por el autor del Lete. Palabras-clave: Literatura española; Miguel de Cervantes; Don Quixote; Harald Weinrich; memoria; olvido. Keywords: Spanish literatura; Miguel de Cervantes; Don Quixote; Harald Weinrich; memory; oblivion.