Abstract
O artigo discute o colonato, modo de trabalho da cafeicultura paulista do Oeste Paulista, propondo interpretá-lo como parte do processo de autonomização do capital e de aplicação da colonização sistemática no Brasil, necessitando, pois, da cessão mediada de terras para o trabalhador. Também aborda algumas teorizações clássicas sobre o processo de limitação da existência do colonato nas fazendas cafeeiras paulistas e, finalmente, recupera um debate acadêmico travado entre Verena Stolcke e José Graziano da Silva sobre a modernização da agricultura e o fim do colonato. Com isso, procura explicitar as divergências nas interpretações do mesmo processo e analisa essas perspectivas como realces de aspectos pró- prios de um objeto contraditório.