Abstract
O presente artigo tem como objetivo investigar o surgimento do movimento filosófico denominado de Escolástica no contexto cultural e educacional da Idade Média Central, entre os séculos XI e XIII. Nesse sentido, discutiremos como o advento das universidades medievais estiveram atreladas ao desenvolvimento do método Escolástico como pensamento filosófico. Em seguida debateremos como esse modo de pensar e modelo de estudo foi legitimado pelas universidades religiosas para o estudo dos livros dos Pais Latinos, os textos canônicos, das Sagradas Escrituras e das Sentenças de Pedro Lombardo, sendo essas obras verdadeiros instrumentos de trabalho, na medida em que partir desse método obras teológicas e filosóficas foram escritas, como a Summa Theologiae (1273), de Tomás de Aquino. Por fim, analisaremos como esse movimento foi contestado e contrariado internamente, visto que dentro das universidades os representantes das ordens religiosas dos Franciscanos e dos Dominicanos, os mestres eclesiásticos, realizavam refutações aos métodos adotados pela prática filosófica de pensamento Escolástica.