Abstract
O artigo analisa a violência no cotidiano dos relacionamentos íntimos na Primeira República, dando visibilidade aos assassinatos de mulheres, percebidos como crimes “passionais”, o que contribuía para a absolvição dos homicidas no júri. Destaca-se também a discussão sobre os papéis de gêneros levantados na imprensa carioca e piauiense. Argumenta-se que havia uma legitimação social da violência nos relacionamentos íntimos, as sensibilidades na Primeira República percebiam a violência entre casais como um assunto privado e não um problema social.