Abstract
Neste texto tentamos tratar de alguns pontos de nossas pesquisas que permitem evidenciar como, no processo de colonização das áreas dominadas, foi criada uma estrutura que separava e hierarquizava crianças e jovens brancos dos indígenas e negros, procurando mantê-los isolados em sua condição de “sujeitos inferiores”. Tal situação, no caso de Portugal, era imposta como normal, pois se assumiam e construíam uma imagem de que eram como “raça superior”. Esses aspectos são especialmente observáveis na análise do campo educacional – entendido em seu sentido amplo – com base em material produzido pela metrópole e pelos próprios colonizados. A questão que permanece é que as marcas da sujeição e inferiorização dos negros africanos não parecem ter desaparecido com a independência e, nos parece, continuam presentes em todos os territórios europeus, americanos e africanos em que as questões ligadas ao racismo estão presentes.