Transversalidade emancipatória: imbricações autoformativas e autobiográficas

Abstract
Este artigo apresenta a continuidade da análise de uma entrevista narrativa autobiográfica , realizada com uma professora do Ensino Fundamental, da rede municipal do sertão baiano. Utilizando-nos da análise de conteúdo de Bardin à luz das publicações vigentes ampliamos as formas de comprovação de que a autoformação implica num processo antropológico de abordagem transcultural, ou seja, não é um processo individual, mas sim um processo de interação entre as diversas culturas a que o indivíduo tem acesso; que formação docente, em sua maioria não capacita o professor para o trabalho com o multiculturalismo crítico e transformador também denominado de interculturalismo; que a vivência de situações de preconceito marcou profundamente a vida pessoal e profissional da entrevistada. Acrescenta-se ainda que a transversalidade emancipatória dos sujeitos está vinculada a sua visão de mundo, portanto, a sua concepção cultural dos fatos sociais no momento presente, por isso, neste artigo, analisaremos as categorias: educação de jovens e adultos (EJA); negritude; preconceito. Conclui-se então que ainda há muito que se avançar para o enraizamento dos princípios e consequente institucionalização das práticas transversais e interdisciplinares no processo de formação dos sujeitos.