E o estigma atravessa a barreira placentária...

Abstract
Decidir se devem continuar a tomar ou não medicações durante a gravidez é uma escolha complexa para as mulheres e os seus prestadores de cuidados de saúde. Informações de amigos, familiares, profissionais de saúde e meios de comunicação podem ter um impacto importante na tomada de decisões sobre a farmacoterapia para transtornos psiquiátricos durante a gestação. Este artigo procura mostrar como o estigma relacionado ao tratamento psiquiátrico também pode interferir na percepção de risco associada a ele durante a gravidez. Se a sociedade, as pacientes e os médicos se preocupam com o uso de medicações durante a gestação, preocupação maior parece existir se estas medicações são psicofármacos. Os profissionais de saúde devem reconhecer isso para identificar as barreiras principais enquanto prestam atendimento a pacientes que necessitam de psicofarmacoterapia neste período.