O ensino das práticas de aventura e a contextualização da determinação social da saúde

Abstract
INTRODUÇÃO: Este artigo expõe uma sequência didática com o conteúdo práticas corporais de aventura, tomando como principal enfoque as articulações com o debate sobre saúde coletiva a partir da pedagogia histórico-crítica e dos princípios curriculares para o trato com o conhecimento da abordagem crítico-superadora. Compreendendo que a saúde coletiva está pautada em um aporte dialético e que toma a totalidade do indivíduo nessa particularidade histórica, defendemos que essa concepção de saúde tem envergadura suficiente para dialogar com o ensino das diferentes atividades da Cultura Corporal na busca por uma formação crítica. OBJETIVO: O objetivo é apresentar o caminho teórico-metodológico do ensino das práticas corporais de aventura considerando as possibilidades de usufruto e vivência em meio urbano, mais especificamente nos parques da cidade de Goiânia. MÉTODOS: A metodologia de exposição foi delineada a partir dos princípios de um relato de experiência, que visa apresentar detalhadamente uma proposta pedagógica já materializada em diálogo com a produção científica. Concomitantemente foi desenvolvido um debate acerca da saúde coletiva apresentando as determinações sociais do trabalho e as contradições dessa sociedade onde os trabalhadores não têm acesso à cultura corporal e ao tempo de lazer, impactando sua saúde.  RESULTADOS: a) o processo de ensino e aprendizagem das práticas corporais de aventura na terra, no ar e na água, em suas modalidades arvorismo, slackline e stand up paddle e dimensões técnicas, históricas e de vertigem; b) Debate sobre as formas de acesso às práticas de aventura e exploração dos espaços públicos em Goiânia; c) Compreender as contradições acerca da particularidade de nossa sociedade (capitalismo); d) Construção de material alternativo. CONCLUSÃO: Os alunos compreenderam os conceitos das práticas corporais de aventura e os determinantes sociais da saúde, tecendo críticas à falta de políticas públicas de acesso à cultura corporal e apontando possibilidades alternativas (e provisórias) para a comunidade vivenciar e usufruir destes bens, mesmo à contragosto da lógica do capital. The teaching of adventure practices and the contextualization of the social determination of health BACKGROUND: This article presents a didactic sequence with the content of corporal practices of adventure, taking as main focus the articulations with the debate on collective health from the historical pedagogy-critical and curricular principles for dealing with the knowledge of the critical-overcoming approach. Understanding that collective health is based on a dialectical contribution and that it takes the whole of the individual in this historical particularity, we defend that this concept of health has sufficient scope to dialogue with the teaching of the different activities of Body Culture in the search for a critical training. OBJECTIVE: The objective is to present the theoretical-methodological path of the teaching of the corporal practices of adventure considering the possibilities of enjoyment and living in urban environment, more specifically in the parks of the city of Goiânia, GO, Brazil. METHODS: The methodology of exposition was outlined based on the principles of an experience report, which aims to present in detail a pedagogical proposal already materialized in dialogue with the scientific production. RESULTS: a) the process of teaching and learning the corporal practices of adventure on land, in the air and in the water, in their modalities tree climbing, slackline and stand up paddle and technical, historical and vertigo dimensions; b) Debate on the forms of access to the practices of adventure and exploration of public spaces in Goiânia; c) Understanding the contradictions about the particularity of our society (capitalism); d) Construction of alternative material. CONCLUSION: The students understood the concepts of the corporal practices of adventure and the social determinants of health, criticizing the lack of public policies of access to body culture and pointing out alternative (and provisional) possibilities for the community to experience and enjoy these goods, even against the logic of capital.