Abstract
Um fenômeno que vem crescendo nas principais economias do mundo, incluindo o Brasil, é a criação de Universidades Corporativas (UCs) pelas grandes organizações como forma de lidar com a assimetria entre as competências profissionais desejadas e as encontradas no mercado de trabalho. Contemporaneamente, a gestão do conhecimento, as organizações de aprendizagem e o capital intelectual permeiam as reflexões não só acadêmicas, mas da sociedade em geral, as quais repercutem no âmbito das corporações e de suas UCs. Essa temática desdobra-se em reflexões sobre quais abordagens pedagógicas são adequadas às demandas da vida contemporânea, e a visão transdisciplinar se apresenta como uma das respostas possíveis. Observa-se que a UC assume um papel cada vez mais estratégico, extrapolando a função formativa de competências funcionais e alcançando um escopo diversificado de gestão: do conhecimento, da identidade e da cultura organizacionais. Este ensaio aborda o papel desempenhado pela UC na estratégia organizacional, notadamente nas políticas de gestão de pessoas. Tais reflexões partem da atuação da autora como educadora de uma UC ao longo de dez anos, tendo como pano de fundo as teorias de Edgar Morin e Basarab Nicolescu.Palavras-chave: Transdisciplinaridade. Educação. Gestão de pessoas.