educação superior contemporânea em tempos de luta por inclusão no sistema de ensino brasileiro

Abstract
Este artigo é um recorte de uma investigação de mestrado que tem como objetivo analisar as políticas de inclusão nas instituições de ensino superior (IES) brasileiras. O período delimitado é a primeira década do século XXI – momento em que houve a publicação do Plano Nacional da Educação-PNE (2001-2011) e, com isso, o lançamento de programas para a ampliação do acesso de grupos específicos aos cursos superiores. Este estudo se desenvolveu, primeiramente, por meio de um levantamento do Censo divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira-INEP e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas-IBGE. Na segunda parte, foi feito um mapeamento dos principais programas de transição para o ensino superior, tais como FIES; PROUNI e Programa Incluir. Os resultados demonstram que a ascensão à educação universitária não é uma extensão natural na vida escolar de grupos específicos, como a população negra e as pessoas com deficiência. De fato, houve a expansão da educação superior, contudo, o aumento das vagas não superou a meta do PNE. O setor privado concentra o maior número de matrículas de estudantes de baixa renda e com deficiência, o que indica que proposta de inclusão universitária atende, de modo prioritário, aos interesses do mercado educacional.