O LUGAR DO CORPO FEMININO EM NARRATIVAS E CANÇÕES CONTEMPORÂNEAS BRASILEIRAS

Abstract
Pensar no corpo enquanto instância de enunciado e manifestação de privilégios, resistência, identificações e enfrentamento é o propósito deste artigo. O corpo é visto e confrontado por representar características aceitas ou negadas por um senso comum, o que gera estigmas e preconceitos. Este artigo traz compositoras e autoras da música e literatura brasileiras contemporâneas que apontam o confronto do corpo através das determinações sociais impostas a ele. Serão analisadas na obra musical de Karina Buhr, canções do álbum Selvática, de Karol Conka, canções do álbum Batuk Freak. Na literatura, o romance Coisas que os homens não entendem de Elvira Vigna e o conto “Isaltina Campo Belo” de Conceição Evaristo. Os discursos são analisados considerando um potencial afirmativo das obras sobre as práticas feministas enquanto descolonizadoras, dialogando com as teorias acerca do corpo de Judith Butler, Guacira Lopes Louro e Lélia Gonzales.