Abstract
A partir de entrevistas narrativas, o artigo trata de interligações entre a privatização de uma planta siderúrgica das Forjas Acesita, em 1998, por uma companhia alemã, e a restruturação do modo de trabalho operário. Tal fato é analisado a partir de entrevistas produzidas, entre 2010 e 2011, com três operários que viveram esse processo de modificação, em dupla circunstância. Pois eram trabalhadores da empresa e, ao mesmo tempo, estavam à frente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Luzia, Minas Gerais. Ao destacar vestígios de mudanças nas políticas sindicais, o texto aborda memórias, acontecimentos e interpretações que indicaram alterações nas sociabilidades entre antigos e jovens metalúrgicos. Por fim, destaca ações de novos sujeitos e incipientes avaliações sobre os rumos que o Sindicato deveria tomar para combater a dissolução da categoria frente as imposições colocadas pela Globalização da economia.