Experiências de “Escola[s]” que educam a infância em comunidade quilombola na Amazônia Paraense

Abstract
O texto apresenta alguns resultados de pesquisa de mestrado sobre educação quilombola e busca responder como a(s) “escola(s)” presentes na comunidade quilombola Tambaí-Açu, Mocajuba/PA, educam as crianças entre as reproduções ampliadas da vida e as reproduções ampliadas do capital. Trata-se de investigação qualitativa, como base no materialismo histórico-dialético, com dados obtidos a partir de entrevistas semiestruturadas, analisadas em articulação com revisão de literatura científica. Ao se fazer análise de conteúdo, compreendeu-se que, embora haja diversas formas de saberes nos chãos e terreiros da comunidade, como a floresta, os rios, as/os “encantados”, as/os pretos/as velhos/as, os mutirões, o “Quilombauê”, os movimentos sociais como a Associação Remanescente de Quilombo Tambaí-Açu – ACREQTA e, ainda, leis e diretrizes que dão base à Educação Quilombola no Brasil, o que tem prevalecido é o sentido “urbanocêntrico” em termos de educação escolar que desconsidera o espaço rural, suas diversidades, suas formas de aprender a ser, embora contraditoriamente a escola venha buscando a isso se contrapor por meio da integração de suas experiências quilombolas nos processos formativos, a partir de seus modos de se formar-produzir pelo trabalho no mutirão. Palavras-chave: Experiências, Educação, Escolas, Infância Quilombola.