Avaliação do perfil epidemiológico de idosos com fraturas transtrocantéricas atendidos em hospital de média complexidade

Abstract
O processo de envelhecimento da população brasileira tem culminado em uma necessidade de reconhecer a existência de uma epidemia ortopédica. Este fenômeno consiste em um aumento no número de fraturas em idosos, em especial as transtrocantéricas. O estudo objetivou avaliar o perfil epidemiológico de pacientes idosos submetidos à osteossíntese de fraturas transtrocantéricas em hospital de média complexidade, visto que esta condição eleva os custos governamentais com internações, cirurgias e reabilitações, representando um grande problema social e econômico, fazendo-se necessário melhor investigação desse fenômeno. Trata-se de um estudo transversal e descritivo com dados de prontuários de idosos acometidos por estas fraturas entre 2016 e 2018. A análise foi realizada no programa R versão 3.4.3. Participaram do estudo 236 pacientes, com média de idade de 82 ± 8,31 anos, com predomínio mulheres, viúvos e hipertensos. A média de duração do internamento foi de 3 ± 8.31 dias, com custo médio de R$ 1.812,00. As fraturas mais encontradas foram 31A2.3 (classificação AO) e III variante (classificação Tronzo). A transfusão sanguínea pré-operatória foi necessária em 43,64% dos casos. Conclui-se que o perfil dos pacientes idosos atendidos neste estudo devido à fratura transtrocantérica apresenta o padrão já reconhecido de vitimização maior de mulheres, sem companheiro e com comorbidades que comprometem o equilíbrio, tais como a hipertensão.