Abstract
Essa pesquisa buscou compreender a mediação curricular da Educação de Jovens e Adultos que as coordenadoras pedagógicas da Rede Municipal de Ensino de Juiz de Fora realizam. Assim, a compreensão de como as próprias coordenadoras percebem seu trabalho educativo e a mediação curricular, suas concepções acerca do currículo da EJA e dos educandos jovens e adultos da classe trabalhadora, bem como as estratégias e resistências que produzem para mediar o currículo foram perscrutadas. A base teórico-metodológica foi a teoria crítica de currículo, a partir de Gimeno Sacristán (2000), Miguel Arroyo (2013) e Paulo Freire (1983, 1997, 2001). A compreensão dos condicionantes do trabalho educativo de mediação curricular envolveu perpassar pelo contexto social, político, econômico e educacional mais amplo, por documentos curriculares que orientam a EJA em Juiz de Fora, pela história profissional e pelas funções da coordenadora pedagógica. A análise dos dados, obtidos através de questionário e entrevista semiestruturada, revelou que, mesmo diante de vários condicionantes que limitam seu trabalho educativo, as coordenadoras pedagógicas da EJA produzem estratégias e resistências para realizar a mediação do currículo e contribuir para a construção de práticas de ensino aprendizagem que dialoguem com as realidades e as necessidades dos jovens e adultos trabalhadores.