QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES ACOMETIDOS DE DERMATOSES

Abstract
O impacto psicológico gerado por uma dermatose deve ser cuidadosamente avaliado pois poderá influenciar na evolução da doença e na resposta terapêutica. Nesse contexto, o presente estudo objetiva avaliar a qualidade de vida de pacientes com diferentes dermatoses. Trata-se de um estudo transversal cuja população foram pacientes que, no período de novembro/18 a março/19, buscaram atendimento dermatológico em uma clínica-escola localizada em João Pessoa/PB, utilizando-se como instrumento o Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia – DLQI. A associação entre variáveis qualitativas foi avaliada pelo teste de Qui-quadrado; para variáveis quantitativas foram utilizados testes não paramétricos. Para se comparar grupos de doenças foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, seguido do teste de comparações múltiplas de Dunn. Para se comparar as variáveis com relação ao sexo foi utilizado o teste U de Mann-Whitney. Todos aspectos éticos foram respeitados. Avaliaram-se 165 pacientes. A população foi composta majoritariamente por mulheres (70,3%), com média de idade 35,25±15,7 anos. O tempo médio de doença foi de 3,6 ± 4,0 anos. As dermatoses mais prevalentes foram acne (24,2%), micoses (13,3%), tricoses (12,7%), melasma (7,9%), tumores cutâneos (6,1%). A mediana do DLQI total 6,0 (0-27,0) e média do escore geral foi de 7,62 ± 6,15, mostrando efeito moderado das dermatoses na qualidade de vida. A acne foi a dermatose que levou à pior qualidade de vida. O estudo alerta para uma avaliação abrangente do paciente que permita compreender melhor o quanto e de que forma a doença dermatológica pode prejudicar sua qualidade de vida e saúde mental.