A mineralogia acessória do Amazonita Pegmatito Serra Branca: classificação de um pegmatito NYF na Província Borborema, Nordeste do Brasil

Abstract
O campo pegmatítico de Vieirópolis é caracterizado pela ocorrência de pegmatitos com amazonita e/ou berilo. Esse campo contém pegmatitos do tipo NYF (Nb-Y-F) inseridos no Domínio Rio Grande do Norte (DRGN), fora do contexto da Província Pegmatítica do Seridó (PPS). O principal pegmatito desse campo, o Amazonita Pegmatito Serra Branca, destaca-se pela mineralização de megacristais de amazonita e por sua exploração como rocha ornamental de elevado valor econômico. Para caracterizar a paragênese e a química mineral das fases acessórias do Amazonita Pegmatito Serra Branca, além de elucidar a classificação e a natureza petrogenética desse pegmatito, foram utilizados dados de campo, petrográficos, difração de raios X e química mineral. O Amazonita Pegmatito Serra Branca ocorre como dique tabular com aproximadamente 3 m de espessura, de direção NW-SE e caimento 45° WSW, caracterizado por apresentar uma zona composta por megacristais de amazonita e quartzo, e outra, por albita e quartzo sacaroidais. Apresenta vasta mineralogia acessória que compreende anglesita, biotita, bismutita, cerussita, columbita-(Mn), espessartina, helvina, fenaquita, fluorita, hematita, ilita, ilmenita, magnetita, montmorilonita, muscovita, piromorfita, pirocloro, rutilo e zircão. Destacando-se, também, atípicas mineralizações de sulfetos e a presença de beríliossilicatos reportados pioneiramente no contexto geológico da Província Borborema (PB). A paragênese mineral e a química dos minerais acessórios do Amazonita Pegmatito Serra Branca o classificam como pertence à família NYF da classe dos elementos raros, tipo da gadolinita, possivelmente associado a um magmatismo do tipo I.