AVANÇOS DA LOBECTOMIA POR CIRURGIA TORÁCICA VIDEOASSISTIDA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO

Abstract
Introdução: O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer no Brasil e no mundo. Grande parte dos pacientes é diagnosticada em fases avançadas da doença, onde as opções de tratamento são paliativas. Apenas 20-30% dos doentes com câncer de pulmão são diagnosticados precocemente e, para estes, o tratamento cirúrgico é o padrão ouro, considerado o único tratamento curativo em estágios iniciais. O advento da técnica de lobectomia por cirurgia torácica videoassistida (CTVA) trouxe novas perspectivas ao tratamento do câncer de pulmão, iniciando uma nova era na cirurgia torácica. Objetivo: Descrever os avanços da técnica de CTVA no tratamento do câncer de pulmão, compreendendo potenciais vantagens e desvantagens em relação à lobectomia convencional. Materiais e métodos: Este estudo foi construído por meio de revisão bibliográfica de textos referência no assunto e artigos indexados nas bases PubMed e Scielo. Discussão: A toracotomia aberta provoca um grande trauma com ampla resposta imunológica, aumentando a morbimortalidade pós-operatória. Com o advento da cirurgia laparoscópica, chegamos à Cirurgia Torácica Vídeoassistida, suprimindo toracotomias abertas e suas consequências. A lobectomia por CTVA agora é comumente usada com resultados superiores, utilizando menos portas de acesso e sem a necessidade de afastar costelas ou seccionar músculos, o que propicia aos pacientes uma recuperação mais rápida. Entre os benefícios documentados da CTVA está a realização de incisões menores, com menor perda de sangue, menor risco de infecção, menor intensidade da dor, menor índice de complicações ventilatórias, menor liberação de mediadores inflamatórios, entre outros. Grandes massas tumorais, invasões extensas e certas complicações cirúrgicas perdem o benefício da abordagem minimamente invasiva do tórax. Conclusão: Apesar da gravidade, o câncer de pulmão tem cura quando identificado precocemente, e o seu tratamento pode ser feito por meio de cirurgia minimamente invasiva, sem prejuízo no resultado oncológico dos pacientes.