CHICAS MUERTAS, DE SELVA ALMADA: TRÊS ASSASSINATOS E O SILENCIAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Abstract
O presente artigo volta-se para a análise da obra Chicas muertas (2014), de Selva Almada, visando mostrar de que maneira se cumpre a função social da arte, conforme Candido (2000), na voz dessa escritora argentina e também indicar como exemplo do processo de ocupação de espaço pela mulher no universo literário. Apresentam-se ainda dados biográficos situando-a também como mulher que se inclui na própria obra ficcional. Palavras-chave: Autoria feminina. Selva Almada. Chicas muertas. Referências ALMADA, Selva. Biografia. Disponível em: https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=3049 . Acesso em: 08 out 2018. ALMADA, S. Chicas muertas. Youtube, 13 nov. 2015. Disponível em . Acesso em: 08 jun.19 BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1967. Disponível em: . Acesso em: 08 out. 2018. BONNICI, Thomas. Teoria e crítica literária feminista: conceitos e tendências. Maringá: EDUEM, 2007. BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, Campinas, n. 26, p. 329-376, jan./jun. 2006. BRASIL, Ministério da Cultura. (2016). Disponível em: http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/ /asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/na-literatura-a-mulher-ainda-nao-alcancou-protagonismo/10883. Acesso em: 06 out. 2018. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 8. ed. São Paulo: T. A. Queiroz, 2000. CIXOUS, Hélène. The laugh of the Medusa. [1975]. In: WARHOL, Robyn R.; HERNDL, Diane P. Feminisms: an anthology of literacy theory and criticism. New Jersey: Rutgers University, 1997. COLASANTI, Marina. Por que nos perguntam se existimos. In: SHARPE, Peggy (org.). Entre resistir e identificar-se: para uma teoria da prática da narrativa brasileira de autoria feminina. Florianópolis: Mulheres; Goiânia: UFG, 1997. p. 33-42. CULLER, Jonathan. Sobre a desconstrução: teoria e crítica do pós-estruturalismo. Tradução Patrícia Burrowes. Rio de Janeiro: Record; Rosa dos Tempos, 1997. CUNHA, Glória da (org.). La narrativa histórica de escritoras latino-americanas. Buenos Aires: Corregidor, 2004. DATOSMACRO, Argentina. Disponível em: https://datosmacro.expansion.com/demografia/poblacion/argentina. Acesso em: 07 out. 2018. DE LA CRUZ, Sor Juana Inés. Respuesta de la poetisa a la muy ilustre Sor Filotea de la Cruz, 1691. Antología del Ensayo. Disponível em: http://www.ensayistas.org/antologia/XVII/sorjuana/sorjuana1.htm . Acesso em: 18 out. 2018. DEL PRIORE, Mary. História das mulheres: as vozes do silêncio. In: FREITAS, Marcos Cezar (org.). Historiografia brasileira em perspectiva. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2001. p. 217-235. DEL PRIORE, Mary (org.). História das mulheres no Brasil. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2008. GARFINKEL, Harold. Passing and the managed achievement of sex status in an ‘intersexed’ person [1967]. In: STRYKER, S.;WITTLE,S. (orgs.). The transgender studies reader. Londres: Routledge, 2006. GUTIÉRREZ ESTUPIÑÁN, Raquel. Una introducción a la teoría literario feminista. México: Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, 2004. HARAWAY, Donna. “Gênero” para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cadernos Pagu, Campinas, n. 22, p. 201-246, jan./jun. 2004. HERNANDES, Luciana Carneiro. Tecidos e tessituras: representação do feminino em María Rosa Lojo. 2017. 205 f. Tese (Doutorado em Letras – Área de Literatura e Vida Social) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, 2017. RAPUCCI, Cleide Antonia. Mulher e deusa – a ideia do feminino. In: ______. Mulher e deusa: a construção do feminino em Fire works de Angela Carter. Maringá: EdUem, 2011. p. 55-135. RUBIN, Gayle; BUTLER, Judith. Tráfico sexual: entrevista. Cadernos Pagu, Campinas, n. 21, p. 157-209, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010483332003000200008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 06 out. 2018. RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a economia polìtica do sexo. Tradução Christine Rufino Dabat, Edileusa Oliveira da Rocha e Sonia Corrêa. Recife: S.O.S Corpo, 1993. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/1919. Acesso em: 06 jan. 2018. SCHMIDT, Rita Terezinha. Repensando a cultura, a literatura e o espaço da autoria feminina. In: NAVARRO, Márcia Hoppe (org.). Rompendo o silêncio: gênero e literatura na América Latina. Porto Alegre: UFRGS, 1995. SCHMIDT, Rita Terezinha. Para além do dualismo natureza/cultura: ficções do corpo feminino. Revista Organon, Porto Alegre, UFRGS, v. 27, n. 52, 2012. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/33480/21353. Acesso em: 09 out. 2018. SCHMIDT, Rita Terezinha. Refutações ao feminismo: (des)compassos da cultura letrada brasileira. Estudos feministas, Florianópolis, v. 14, n. 3, p. 272, set-dez/2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v14n3/a11v14n3.pdf. Acesso em: 09 out. 2018. SHOWALTER, Elaine. A literature of their own: British women novelists from Brontë to Lessing. Princeton: Princeton University, 1998. SILVA,...