IMPACTO FINANCEIRO DA NÃO-INTEGRAÇÃO DE ESTRADAS EM MODELOS DE AGENDAMENTO TÁTICO DE COLHEITA

Abstract
No planejamento tático florestal, as decisões relacionadas ao agendamento da colheita são altamente interligadas às decisões do planejamento de estradas. Porém, devido à complexidade de integrar problemas de colheita florestal e estradas em um mesmo modelo, a abordagem desse tipo de problema tem sido tradicionalmente realizada em duas etapas sequencialmente vinculadas. Por esse motivo, este estudo tem como objetivo comparar as consequências financeiras da não integração do planejamento das estradas em modelos de agendamento tático da colheita florestal através da aplicação da Programação Linear Inteira Mista (PLIM). O modelo PLIM foi implementado em uma floresta pertencente a uma indústria brasileira de base florestal. Com base em dados geoespaciais, foi aplicado o algoritmo de Dijkstra para gerar os caminhos mais curtos entre cada talhão florestal e o destino final (fábrica). No entanto, tendo em vista a seleção prioritária de determinados tipos de estradas, o algoritmo de Dijkstra foi adaptado para penalizar de maneira mais intensa os trechos de estrada com menor capacidade de tráfego de caminhões e maquinários, como por exemplo estradas estreitas e de terra. Os cenários testados resultaram em soluções inteira ótima em menos de um minuto de processamento computacional. Além disso, a aplicação de um modelo integrado de agendamento da colheita florestal com o planejamento das estradas elevou em 0,6% a receita líquida total do planejamento florestal tático, bem como reduziu em 21% a quantidade de estradas necessárias às operações de colheita da madeira.