AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE E SUA RELAÇÃO COM AS EPISTEMOLOGIAS DO SUL

Abstract
Este trabalho é um ensaio crítico ancorado nas epistemologias do Sul e nas possibilidades que as práticas integrativas e complementares trazem quando ocorrem como política pública a fim de discutir a importância da (co)existência de saberes, conhecimento e práticas na saúde. Partimos da compreensão de que tais práticas são potentes por possibilitarem tanto o encontro real como simbólico dos saberes e das diferenças. As epistemologias do Sul tornam-se uma alternativa reflexiva para o cuidado em saúde pois são uma forma de constatar as dominações e limitações do paradigma dominante da ciência moderna e de suas relações desiguais de saber e poder. Desta forma, a prática e o cuidado em enfermagem podem se reinventar visando à superação dos paradigmas, efetivando uma postura mais abrangente em relação a saúde, doença e terapêutica que ultrapasse o modelo biomédico centrado no aspecto tecnomecanicista da ciência. Palavras-chave: Terapias complementares. Saúde pública. Epistemologias do sul.