Abstract
Este artigo discute a relação entre capital e trabalho na cadeia avícola localizada numa pequena vila no Oeste paranaense denominada Vila Celeste. A quase totalidade dos moradores dessa vila trabalham para uma cooperativa agroindustrial e lidam com diversas etapas da produção do frango que abastece os frigoríficos. Embora não tenha sido construída pela cooperativa, ser uma vila cujos moradores são majoritariamente empregados por uma única empresa a aproxima das típicas vilas operárias, comuns no século XIX e começo do XX. A partir desse ponto procuro examinar o peso que a vila tem tanto para a empresa quanto para os trabalhadores. Especificamente busco sondar as formas como os trabalhadores tratam suas experiências relativamente à vila e a cooperativa.