Abstract
Apesar de o Português Brasileiro (PB) estar perdendo o sujeito nulo referencial desde o século passado, o expletivo nulo vem sendo mantido ( Æ chove muito nessas florestas) , apesar de línguas como o francês e o espanhol dominicano terem desenvolvido expletivos lexicais ao lado de sujeitos pronominais referenciais. O que vem sendo notado, entretanto, é que o PB vem desenvolvendo construções pessoais com o sujeito lexical movido por alçamento (Essas florestas chovem muito), aos quais vimos chamando de tópico-sujeito. O presente trabalho descarta duas hipóteses anteriores sobre a sobrevivência das construções com expletivo nulo e defende que as duas construções devem co-existir por não constituirem formas em competição (“doublets”no sentido de Kroch ( 1994)) , sendo a primeira uma construção tética e a segunda uma construção categórica. Estas substituem outras construções categóricas mais antigas, de redobro clítico.