Abstract
Pensar sobre a questão de gênero, particularmente no ambiente escolar, permite entender como as pessoas são engeneradas ao longo de suas vidas, a partir de participar de processos de construção onde discursos e práticas sociais institucionalizados tecem redes de significado nas quais diferentes posições são negociadas permanentemente. Este trabalho tenta dar conta de tratamento que livros didáticos do sujeito Saúde e Adolescência, do ensino médio, fazem da perspectiva de gênero, e como linguagem, informação e fotografias que estão incluídos lá contribuem para a formação das subjetividades dos jovens a que se dirigem. Textos escolares, em nosso país, não estão sujeitos a nenhuma revisão que contemple a concordância do conteúdo com os regulamentos vigentes. Os resultados mostram que os textos, nas mãos do mercado, tendem a reproduzir concepções arcaicas androcêntricas e não contemplam as diretrizes da Lei de Educação Sexual Integral.