Conservação das culturas de matrizes africanas e afro-brasileiras no contexto do capitalismo verde

Abstract
O presente artigo objetiva discutir sobre vivência das matrizes africanas e afro-brasileiras a partir da visão da hegemonia do paradigma moderno, industrializador da natureza. Para tanto, traz uma abordagem sobre o capitalismo pós-revolução industrial e as tensões modernas do “capitalismo verde” sobre o signo da sustentabilidade desenvolvimentista, também nos “espaços” dos terreiros. Conclui-se então que as matrizes afro-brasileiras ao se relacionarem diretamente, pelos seus rituais, preceitos e segredos, com o meio ambiente, sofrem a pressão provocada pelo pensar mercantilista e globalizado do homem moderno. Isso que dificulta a sua sobrevivência em meio a tantas destruições do meio natural, pois afirma que é da natureza que emanam as forças inspiradoras a manutenção dessas matrizes pelo desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e sobrevivência.