COVID-19 em Instituições de Longa Permanência para Idosos: um inquérito epidemiológico

Abstract
Objetivo: Mapear a ocorrência da infecção por SARS-CoV-2 nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) da cidade de Ribeirão Preto, SP, incluindo idosos e funcionários, identificando fatores associados, visando adoção oportuna de medidas preventivas.Metodologia: Inquérito epidemiológico realizado em cidade de médio porte para identificar a infecção por SARS-CoV-2 em residentes e funcionários, identificando fatores associados. Houve amostragem estratificada, sendo coletados dados demográficos, de saúde, sintomas atuais ou recentes comuns à infecção, além de avaliadas as atividades básicas de vida diárias (ABVD) e a cognição com aplicação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Foi realizado teste sorológico em todos os sorteados.Resultados: Os idosos da amostragem tinham 80,2±9,7 anos e funcionários 37,4 ±12,2 anos. A positividade no teste sorológico foi de 13,3% entre idosos e 25,9% em funcionários. Idosos apresentavam 2,9±1,5 doenças crônicas, com uso de 5,7±2,8 medicamentos, somente 11,1% com rastreio para demência negativo e 20% independentes. Os funcionários tinham SARS-CoV-2 detectada previamente em apenas 6,9%, com 30% sem vacinação contra influenza e sem checagem sistemática de sintomas.Conclusões: Regras rígidas de comportamento devem ser instituídas, pois todo funcionário é potencialmente um transmissor da doença e, por isso, devem ser rastreados quanto a sintomas antes de cada dia de trabalho. Houve elevada prevalência de alterações cognitivas que podem dificultar o cumprimento das medidas de proteção individual dentro das ILPIs.