Crise sistêmica e a consolidação do poder global estadunidense

Abstract
Este artigo relaciona a crise sistêmica da década de 1970 à consolidação do poder global estadunidense. Primeiramente, argumentaremos que a crise da década não se deve à suposta crise de hegemonia estadunidense, mas ao antagonismo latente entre a autonomia relativa dos Estados Nacionais e a transnacionalização econômica – subproduto do padrão de organização da economia mundial liderado pelos Estados Unidos no pós-guerra. Adicionalmente, defenderemos que o encaminhamento da crise sistêmica consolidou os parâmetros estruturantes do seu poder interestatal – segurança/violência, moeda/finanças, produção/tecnologia – e inaugurou a era da crise estrutural do capital.