Abstract
O objetivo é debater a violência escolar com ênfase em projetos que aproximam polícia e escola, em algumas regiões do mundo, incluindo o Brasil. O artigo ancora-se na sociologia crítica que dá forma à pergunta-problema que fundamenta a pesquisa de doutorado realizada pelo autor no programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UFJF: Por quê a polícia na escola? O estudo é pautado na metodologia foucaultiana que interpreta as práticas discursivas e não discursivas como produtoras de efeitos, de verdades, de saberes, de realidades, de campos de relações e de sujeitamentos. Os relatos de experiências de policiamento escolar mostram como questões relacionadas à criminalização do comportamento estudantil, a penalização da juventude, a políticas de tolerância zero e a judicialização dos conflitos estão no centro de uma transição que incorpora cada vez mais a segurança pública como agência para a solução de problemas que desafiam a esfera pedagógica tradicional.