Abstract
Este artigo apresenta uma abordagem crítica a Paul Henry, em relação à sua contestação ao conceito de pressuposição de Oswald Ducrot, o que Henry fez com base em termos como “psicossocial”, “persuasão” e “influência”, termos esses estranhos à epistemologia ducrotiana. Nossa metodologia explora um melhor tratamento teórico constituinte da noção de pressuposição argumentativa, que, ao contrário do que apresentou Henry, nunca se opera isolada, mas é sempre operável em uma démarche argumentativa composta de pressuposto (pp), posto (p) e encadeamento (→). Conservando seus méritos, defendemos a hipótese de que Henry não desconstruiu porque não abordou a pressuposição argumentativa ducrotiana, mas trabalhou pontos de uma pressuposição-defeito mais limitada, que não resiste a ambiguidades e paradoxos, desconsiderando envergaduras e refinamentos da démarche argumentativa e suas cinco constitutividades, pelas quais a pressuposição ducrotiana insiste e resiste.

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