Abstract
O texto parte da experiência escrituraria de Antonin Artaud (1896-1948),buscando rever seu “descentramento” político-subjetivo ao longo de toda a suatrajetória, para pensar na escritura final dos seus inúmeros cadernos asilares –atravéstambém de uma leitura crítica de suas edições- e interrogar de que modo essa práticaescrituraria nos exigiria repensar as concepções de texto e de escrita que vigorarame ainda vigoram do século XX aos nossos dias. Isso porque interessa pensar numanoção de escrita intensiva e ao mesmo tempo precária, que revisita esse autor como intuito claro de buscar sua potencia atual, em diálogo com as nossas necessidadese anseios, fruto de um país (o nosso) ele mesmo “descentrado”, e plantado emestruturas de extrema violência, segregação e limites objetivos e subjetivos queencenam através das nossas impossibilidades do dizer (escrever/ler) a necessidadede dizer (escrever/ler) diferente.