Erros de medicação em um hospital municipal do interior da Bahia. Uma análise do processo de prescrição e aprazamento

Abstract
Na maioria dos casos, necessita-se de uma prescrição para obter o acesso a medicamentos. Para que a segurança e efetividade dos medicamentos não sejam comprometidas, a prescrição médica deve estar isenta de erros. Objetivo: Determinar a ocorrência e as características dos erros de prescrição e aprazamento em um hospital do interior da Bahia, para propor estratégias para a prescrição racional. Método: Estudo observacional, descritivo e quantitativo. Foram analisadas as prescrições médicas dos pacientes admitidos no período de 1º/08 a 30/09/2013. Resultados: Em 1,2% dos casos, não foi possível a identificação do sexo do paciente; o nome completo do paciente não apareceu em 4,3% das prescrições; em 34,2%, não constava o número do leito e nenhuma das prescrições continha o número de registro do paciente. Em 1,9% das prescrições, a data e via de administração estavam inadequadas e não traziam a identificação do prescritor. 79,8% dos medicamentos constavam com nomenclaturas inadequadas; 15,2% e 4,3% das prescrições continham, respectivamente, a concentração e a forma farmacêutica dos medicamentos impróprias; 22,6% das prescrições continham siglas e 12,1% dos aprazamentos eram inadequados. Conclusão: A ocorrência de erros de prescrição e aprazamento é elevada no hospital estudado e suas consequências são potencialmente graves. Em vista desses resultados, implantaram-se estratégias para promover a prescrição racional, visando minimizar a ocorrência de erros de medicação no contexto da prescrição.