Abstract
O texto privilegia as controvérsias em torno daquele que se consolidou como símbolo dominante do catolicismo nacional mexicano: Nossa Senhora de Guadalupe. Na sua imagem, convivem significados vários, ligados às cosmovisões indígena e europeia, a sentidos de feminilidade, de território, etnicidade, entre outros. Amplamente reproduzida ao longo da história e objeto de intervenções artísticas sistemáticas, a imagem mostra-se polissêmica, polimórfica e policromática. O texto acompanha especialmente o episódio em torno da escultura Sincretismo, instalada nas ruas de Guadalajara, de autoria de Ismael Vargas (1947-), um exemplo de apropriação artística que têm como contraponto as reações de grupos católicos em sintonia com políticas religiosas que operam em múltiplas escalas, do local ao nacional.