Abstract
Este texto discute as limitações e as possibilidades de exposições colaborativas e etnográficas para o desenvolvimento de um discurso de caráter educativo e socioambiental nos museus de história natural. Para tal, se analisa uma exposição com participação indígena desenvolvida no Museu Paraense Emílio Goeldi. A metodologia usada foi do tipo qualitativo, e os dados foram levantados mediante a análise de documentos e de entrevista do tipo semiestruturada. A análise revela a presença de modelos antagônicos da comunicação se pensada a exposição em relação ao público indígena ou ao público ocidental. Por outro lado, se identificaram emergências socioambientais na exposição. Por fim, é possível afirmar que exposições colaborativas realizadas com a participação indígena oferecem grandes possibilidades para o desenvolvimento de um discurso expositivo de caráter educativo e socioambiental nos museus de história natural.