Abstract
Apesar de passar-se grande parte da vida estudando, pouquíssima ou quase nenhuma parte dos anos de estudo é dedicada ao ensino do como estudar de forma eficaz. Espera-­se, por meio do ensino e avaliação dos vários outros conceitos e competências, que a prática constante de estudo, por si própria, seja capaz de habilitar o indivíduo a aprender de forma eficaz. Seria ‘saber aprender’ uma competência inata dos indivíduos? E a prática do estudo um processo capaz de desenvolvê-­la em seu completo potencial? Teriam os ingressantes da graduação maturado esta competência a ponto de não ser necessário avaliar o seu domínio? A avaliação do aprendizado das demais competências – línguas, matemática, ciência e suas tecnologias – seria suficiente para atestar a habilidade de aprender do estudante? Afinal, a graduação e, posteriormente, a pós­graduação, constituirão os anos de estudo mais intensos da vida e quando mais se necessitará de um domínio completo de técnicas eficazes de aprendizagem. Na direção das respostas para estas perguntas, apresenta­se aqui uma pesquisa de finalidade básica, com estudo exploratório, de natureza quasi­qualitativa e delineamento de pesquisa documental, com resultados científicos sobre as peculiaridades do aprendizado e memória humanos. Destaca-­se o quão iludidos estão os estudantes, em geral, em relação a sua habilidade de aprender e à eficácia das técnicas que usam durante o estudo. Esclarecendo alguns mitos e ilusões à luz de resultados científicos e apresentando técnicas mais efetivas – como o conceito de dificuldades desejadas, intercalação, testes distribuídos, aptidão e desenvolvimento da criatividade – tem-­se o objetivo de conscientizar os estudantes dos resultados da ciência a este respeito e fomentar a potencialização do aprendizado de longo prazo. Palavra-chave: Autoaprendizagem. Ilusões e Mitos de Aprendizado. Técnicas de Aprendizado Eficazes.