Abstract
Esse artigo busca entender como os palestinos e os judeus foram representados nas páginas das revistas semanais Veja, Istoé e Carta Capital em julho de 2014, quando se deu a operação conhecida como Margem Protetora. Para isso, foram trabalhadas as noções acontecimento (a partir das ideias de Louis Queré) e de enquadramento (Erwin Goffman). Ao operacionalizar tais conceitos, utilizamos como ferramenta uma análise imagética e textual baseada nos princípios de Erwin Panofsky e Roland Barthes, além do conceito de pathosformeln que Aby Warburg desenvolveu para compreender como uma imagem é capaz de sobreviver no universo simbólico de uma certa sociedade. O artigo conclui que as quatro revistas apresentaram diferentes narrativas para o mesmo acontecimento, assim como identidades distintas para os atores envolvidos nesse acontecimento. Todas as revistas utilizaram imagens que evocam a iconografia cristã.