Avaliação de pacientes vítimas de trauma cranioencefálico com sinais de intoxicação alcoólica.
Open Access
- 1 January 2019
- journal article
- research article
- Published by FapUNIFESP (SciELO) in Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
- Vol. 46 (5), e20192272
- https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192272
Abstract
RESUMO Objetivo: avaliar, em vítimas de traumatismo cranioencefálico, a influência da intoxicação alcoólica no tempo para submissão destes pacientes à tomografia de crânio, comparando também os achados tomográficos nos pacientes alcoolizados e não alcoolizados. Métodos: estudo retrospectivo de 183 pacientes com traumatismo cranioencefálico, divididos em dois grupos: 90 alcoolizados e 93 não alcoolizados. Foi calculado o intervalo de tempo desde a chegada do paciente ao pronto socorro até a realização da tomografia para comparação entre os grupos, e analisados os achados tomográficos. Resultados: no grupo alcoolizado, o percentual de pacientes do sexo masculino foi maior, a idade predominante situava-se entre os 31 e os 40 anos, a agressão foi o mecanismo de trauma mais frequente e estes pacientes apresentaram valores mais baixos na escala de coma de Glasgow. Observou-se que não houve diferença estatística entre os dois grupos quanto ao intervalo de tempo para realização de tomografia, bem como, em relação aos achados tomográficos. Além disso, nos pacientes alcoolizados, quando correlacionados os valores da escala de coma de Glasgow com o intervalo de tempo, não houve diferença entre valores de 13 a 15 (traumatismo cranioencefálico leve) e os iguais ou menores do que 12 (traumatismo cranioencefálico moderado e grave). Conclusão: os sinais de intoxicação alcoólica não influenciaram no intervalo de tempo para realização da tomografia. Os pacientes alcoolizados apresentaram escores mais baixos na escala de coma de Glasgow por efeito direto do álcool e não por uma maior prevalência de achados tomográficos.Keywords
This publication has 14 references indexed in Scilit:
- Necessidade de tomografia computadorizada em pacientes com trauma cranioencefálico de grau leveRevista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 2017
- Differential effects of the Glasgow Coma Scale Score and its Components: An analysis of 54,069 patients with traumatic brain injuryInjury, 2017
- Acute Alcohol Intoxication in Patients with Mild Traumatic Brain Injury: Characteristics, Recovery, and OutcomeJournal of Neurotrauma, 2016
- Moderate and severe traumatic brain injury: effect of blood alcohol concentration on Glasgow Coma Scale score and relation to computed tomography findingsJournal of Neurosurgery, 2015
- The Glasgow Coma Scale at 40 years: standing the test of timeThe Lancet Neurology, 2014
- Early CT Findings to Predict Early Death in Patients with Traumatic Brain InjuryAcademic Radiology, 2014
- Risk Adjustment In Neurocritical care (RAIN) – prospective validation of risk prediction models for adult patients with acute traumatic brain injury to use to evaluate the optimum location and comparative costs of neurocritical care: a cohort studyHealth Technology Assessment, 2013
- Influence of Alcohol on Early Glasgow Coma Scale in Head-Injured PatientsThe Journal of Trauma and Acute Care Surgery, 2010
- Positive Serum Ethanol Level and Mortality in Moderate to Severe Traumatic Brain InjuryArchives of Surgery, 2009
- Effect of Alcohol on Glasgow Coma Scale in Head-Injured PatientsAnnals of Surgery, 2007