Abstract
Este artigo pretende lançar um olhar sobre artistas travestis brasileiras e suas práticas online durante a pandemia de Covid-19. O objetivo é discutir a maneira como tais artistas, que até recentemente tinham nos palcos (físicos) e nas telas (principalmente de TV) a base do seu trabalho e sua principal forma de interação com o público, têm desenvolvido práticas ciberculturais, de cunho ao mesmo tempo artístico e político, por meio de plataformas digitais. O desenho de pesquisa é o de um estudo de caso instrumental, elegendo-se como caso para análise a cantora e atriz Verónica Valenttino. O estudo permite ver como a conjuntura de pandemia fez com que a artista transferisse para o ambiente virtual suas práticas de artivismo e mediação sociocultural anteriormente desempenhadas no palco.