Doença de Alzheimer: uma revisão sistemática da literatura

Abstract
O neuropatologista alemão Alois Alzheimer, em 1907, caracterizou uma doença de caráter neurodegenerativa progressiva e irreversível com aparecimento insidioso que causa diversos distúrbios cognitivos, marcadamente perda de memória, tal afecção é conhecida hoje como doença de Alzheimer (DA). O presente artigo visa responder a seguinte questão norteadora: quais são os 4 pilares que o neurologista e a equipe de saúde devem compreender ao abordar um paciente portador de Alzheimer? O objetivo geral deste artigo é compreender a doença de Alzheimer. E os objetivos específicos são: a fisiopatologia da doença de Alzheimer, o quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento para esta patologia. Este estudo é uma revisão literária baseada em informações da SciELO, Web of Science e PubMed. O período para a análise foi de dezembro de 2021 até fevereiro de 2022 e foram incluídos 07 trabalhos escritos em português ou inglês. A busca pelos descritores foi realizada pelo Mesh/Decs e pelo And/Or. Nos resultados observou-se que a patogenia da doença de Alzheimer (DA) envolve depósitos de peptídeos beta-amiloides e emaranhados neurofibrilares de proteína Tau hiperfosforilada. A partir desse processo, o corpo libera uma série de mediadores inflamatórios e a micróglia fica com astrócitos extremamente reativos gerando uma neuroinflamação, disfunção sináptica, morte celular, dano neuronal, diminuição do peso e volume do cérebro, alteração dos sulcos cerebrais, ativação de cinases com hiperfosforilação da Tau e desmontagem de microtúbulos. Desse modo, há uma grande perda de neurônios no núcleo basal de Meynert, no hipocampo e no córtex cerebral. O quadro clínico é caracterizado pela perda progressiva da memória e por alterações na cognição devido aos envolvidos do lobo temporal medial, hipocampo, córtex entorrinal e amígdala. O tratamento é com inibidores de colinesterase e/ou memantina. Em suma, é fundamental que o neurologista e a equipe de saúde entendam a importância dos 4 pilares ao atender um paciente com Doença de Alzheimer, os pilares são: a fisiopatologia da doença de Alzheimer, o quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento para esta patologia. Tendo como justificativa, um manejo adequado desse paciente e um melhor prognóstico.